sábado, 25 de março de 2017

Justiça em Portugal #Assaltos




Imaginem-se em casa, sossegados a dormir em casa após um dia cansativo de trabalho, a descansar para o dia seguinte. Afinal de contas, há responsabilidades a pagar. São 3, 4 da manhã e acordam com um barulho dentro de casa. Levantam-se, agarram o taco de basebol (ou arma) que têm ao lado da cama, dirigem-se silenciosamente para a divisão de onde vem o barulho, ligam a luz e dão de caras com um assaltante. A primeira reacção é imobilizar o intruso para que possam chamar a policia. Nesta tentativa, utilizando o taco ou a arma, ferem gravemente o assaltante. Tiveram um azar e acertaram num sitio vital. O assaltante precisa agora de ser hospitalizado durante meses, ou num caso mais infeliz, morre.

O que acontece?
Quem vai acabar com pena e/ou multas, indemnizações e dores de cabeças é a pessoa que estava sossegada a dormir na cama.

Porquê?
Simples. O facto de terem um objecto como um taco, uma arma, uma faca e etc.., ao lado da cama, mostra aos juízes que esta pessoa já tinha planeado o acto. O que constitui crime! O básico pensamento de: “Vou por a arma na mesinha de cabeceira, se entra aqui em casa um cabrão para roubar, violar ou matar, sei lá, dou-lhe logo um tiro, a dormir estou indefeso.”, bem meus amigos, isto é crime.

Mas que raio de justiça e/ou moralidade é esta? Isto não cabe na cabeça de ninguém.
Todas as pessoas, mas todas, deveriam ter algo com que se defender ao lado da cama, na sala, na cozinha, fodasse, em todos os cantos da casa. Quem deu permissão para o assaltante entrar numa propriedade que não a dele? Pior, permissão para entrar já com intenções duvidosas? Pelos vistos, o Estado Português. Dá permissão para que pessoas com filhos em casa, ou com valores de uma vida de trabalho, não se possam defender devidamente!
A nossa casa é provavelmente o único sitio em todo o mundo onde nos sentimos com a total privacidade, um sítio para descansar, é, no final de contas, a nossa própria casa!

E tristemente é abismal a quantidade de ladrões que apanham penas suspensas e/ou têm as penas reduzidas. Pode-se roubar e esconder os frutos do furto que, se não tiverem a sorte de apanhar uma pena suspensa porque coitado, foi a primeira vez que foi apanhado, após um misero número de anos, está cá fora.
Andam pessoas honestas a trabalhar 8 ou mais horas por dia para pagar empréstimos de casas, de carros, a sustentar filhos e a tentar sobreviver até a reforma, até que um dia um marmanjo decidiu roubar. Entra numa casa, as pessoas defendem-se e dão-lhe uma pancada ou um tiro que com azar, ferem gravemente ou matam. Pronto, começa um pesadelo.

Deveria ser completamente legal ter bastões, armas legais, tacos de basebol, ferros, paus, de tudo em todos os cantos da casa e com a plena intenção de os usar caso um intruso entre na nossa casa!

Podem contra argumentar dizendo: E se as pessoas matam de propósito? E se matam um adolescente que ainda nem juízo tem? Etc...
Simples e aplicável para todos os casos, se fosse legal para as pessoas defenderem-se dentro das próprias casas, haveria, mas com toda a certeza, menos assaltantes. Se estes soubessem que existisse uma boa possibilidade de levar um enxerto de porrada, ou mesmo um tiro, e que estariam por própria conta, queria ver quantos eram os que arriscavam. Se existisse alguma duvida de quem de facto é o culpado, nunca poderia ser em favor do assaltante como é hoje, mas sempre em favor das pessoas que foram “invadidas” na propriedade de que são donos.

Claro, uma melhor maneira de lutar contra isto seria aplicar penas mais graves e obrigar os assaltantes a cumprirem as penas até ao fim! Sem penas suspensas e sem reduções de tempo. Assaltaram e foram apanhados? É mandar-los para uma prisão uns bons anos! Que levem no traseiro e que fiquem longe da sociedade honesta.

Mas isto é Portugal… As cadeias estão demasiadas cheias e não há dinheiro para construir mais. Deixam nos sair em liberdade. Não castigam quem deviam castigar, e pior, castigam pessoas que apenas se defenderam e defenderam os seus bens, obtidos com trabalho honesto.

Deixa a questão: Qual o melhor risco? Fazer alguns roubos bem planeados de algum em algum tempo e viver com a plena e total liberdade de uma pessoa que não tem horários de trabalho a cumprir, ou trabalhar 40 e tal anos até a reforma? Pode-se sempre ter a esperança que ao chegar à idade da reforma a mente trabalhe como hoje, porque uma coisa é certa, o corpo já não o faz...

segunda-feira, 20 de março de 2017

Uma vista sobre o Hip-Hop Português

Sempre estive dividido entre falar ou não sobre este tema.
Vou falar, vai doer e vai ser longo.
Vamos falar de Hip-Hop Português.

Valete, Allen Halloween, Dealema, Da Weasel e outros dentro do mesmo estilo, é o estilo de Hip-Hop que sempre gostei de consumir e é o que ouço à mais de uma década. O que mais me atrai nestes artistas é a capacidade destes passarem para os ouvintes o conhecimento e o ambiente sobre o tema que cantam. Temas que abrangem todo o tipo de diferentes realidades que existem no meio deste nosso Povo Português. Desde o submundo ao típico trabalhador Português.
Ouve-se estes artistas e sente-se mentes que são amplas e flexíveis, com capacidade de olharem para além dos círculos sociais onde se encontram. Simplesmente são mentes que nos passam conhecimento. Subtilmente, e o mais importante, é que também indicam como ultrapassar estes obstáculos e mais, promovem a evolução das pessoas, seja moralmente, ambiciosamente ou como desviar dos maus caminhos que, por muitas vezes, muitas pessoas tendem em cair.

Hoje, o tipo de Hip-Hop que é consumido e que tem mais hits no youtube não encaixa nesta ideologia, é algo que desviou da ideologia principal e caiu em drogas, dinheiro, roubos, chibos, traficantes, confusões, etc... Parece realçar tudo o que de mau surge do submundo Português. É verdade que o Hip-Hop sempre foi um movimento muito ligado e com base neste mundo, mas antes as musicas eram sobre como lutar contra estas dificuldades, hoje em dia parece abraçar-las e pior, idolatrar-las.

Hoje Hip-Hop já não é um movimento, despropositadamente é um ataque à moralidade e civismo da juventude da sociedade Portuguesa. É uma tentativa de elevar o submundo português a um patamar de aceitação pela sociedade em geral. Mas se dá dinheiro quem sou eu para julgar? Capitalismo no seu melhor, todos nós acabamos por virar putas de alguém ou algo, seja de uma maneira ou de outra.

Passando para algo em concreto, um exemplo que, com quase 10 milhões de visualizações no youtube (fenomenal para o nosso país), ilustra o que é esperado actualmente pelos consumidores de Hip-Hop em Portugal. E é exactamente isto, bairros, drogas, álcool e arrogância.
Neste caso a musica é feita por Piruka e Mota Jr e chama-se Ca Bu Fla Ma Nau. Dêem uma vista olhos.


Peço desculpa aos autores e aos envolvidos desta obra pelo meu desgosto na mesma, mas já sabem como se diz, quem chega ao topo vai sempre ter críticos, e sou apenas mais um deles. De facto foi a vossa obra que me fez escrever este post. Não só pela obra em si, mas pelo alto nível visualizações. Dai decidir usar a vossa musica e vídeo como exemplo para ilustrar o que penso. Realço que as seguintes criticas não se aplicam apenas a esta obra, mas sim à maioria do mesmo género publicadas Youtube.

Olho para o video-clip e para a letra, e o que me realça é um nível alto de arrogância, de egocentrismo, criminalidade e contradição.

Está visível na letra quando falam como se não quisessem saber dos outros, não interessa o que os outros pensam. Toda a publicidade é publicidade seja boa ou má, desde que o “Piruka fique no nome do povo”.
Eles “...estão na baixada...”, e, “...não precisas de procurar...”, como quem diz, tens problemas anda ter connosco. Mas cuidado, “...não te dês para parvo porque eu te pego em qualquer altura...”. Esta ideologia e mania do lobo alfa é um dos grandes defeitos do ser humano. Será que deveríamos todos voltar à idade neolítica? Assim este tipo de pensamento de macho alfa, ao menos, pode ser que se adeque à situação, e, em vez de comportamento passivo-agressivo de gangsters para vídeo-clips, seria usado de facto para caçar animais com paus e pedras e claro, proteger as donzelas (que ainda tinham barba).

Outra coisa é a subtilidade com que este tipo de vídeo-clips cria pontos de entrada para que uma vida possa perder o seu rumo. Que influência tem este tipo de conteúdo para adolescente dos 11 aos 18 anos? Imagem que um ou dois amigos viram o vídeo-clip, com indivíduos a fumar uns charros, a beberem uns copos e a mostrar dinheiro, e, chegaram a escola e espalharam o vídeo. Será que estes visualizadores estarão numa situação um bocado tremida e podem, com este tipo de influências tender para o lado errado? O simples facto de fumar uns charros pode estragar o lançamento de uma vida, de uma carreira, dores de cabeças para os pais, enfim, possibilidades infinitas. Portanto, este tipo de conteúdos influência, e sempre influenciará a criminalidade, nem que seja na sua forma mais leve que depois pode evoluir para pior. Estas gerações que hoje vêm e consomem esta ideologia serão, num futuro muito próximo, maridos, tios, professores, gestores deste nosso País, etc...

Contradição também não falta, pode ser uma prova da eficácia que as drogas simplesmente queimam neurónios, eles regeneram mas não ao mesmo ritmo que drogas os destroem. Continuando, “Pus as placas na gaveta e comecei a vender frases...”, bonito?, sim claro, não seguir os maus caminhos é claramente a mensagem desejada e, com toda a certeza, foi das melhores decisões a tomar. Mas ao mesmo tempo mostrar droga, álcool e dinheiro à juventude adolescente, não é um bom caminho. Quem tipicamente fuma uns charros todos os dias, mesmo que não passe disso, entra num estado demasiado semelhante ao limbo, não têm energia nem vontade para evoluir na vida, e o mais provável é que nem pensem nisso, fumam uns charros e de um momento para o outro ganham a capacidade de ficarem as próximas horas com a produtividade reduzida a 0, e pior, não pensam na vida, no seu presente e nos seus futuros. Portanto, é de evitar estas contradições, passar mensagens de não seguir maus caminhos ao mesmo tempo que mostram um, não é lógico.

Na defesa do Piruka, o homem tem de facto boa musica e boas rimas, basta olharem para este, ou outros exemplos no youtube.



Voltando ao tema, a diferença, e o que estou a tentar realçar neste post, é que este vídeo quase chega aos 4 milhões, o primeiro num curto espaço de tempo chegou aos 10 milhões.

Deduzo, portanto, que é com este tipo de ideologia que o povo do Hip-Hop português se identifica, 10 milhões de visualizações é mesmo muita coisa. Claro que destes 10 milhões alguns pensam como eu, basta ler alguns dos comentários no vídeo.

Tendo tudo isto em conta, façam o favor de ver a seguinte paródia e comparar com o primeiro video-clip. Foi publicado à 7-8 anos num canal chamado Cara de Cu, e pareceram adivinhar a evolução do Hip-Hop português. Eis o vídeo e é dos intitulados Urban Gorillas, faixa Sábado à noite.


O única razão pela qual introduzo este vídeo aqui, é porque deve parecer (espero eu) estúpido a qualquer pessoa, sejam qual for a inclinação de Hip-Hop que ouçam. E deixem-me dizer que, quando vejo boas produções de vídeos, com boas batidas, e mesmo com boas rimas, se mantiver a ideologia bairrista, pelo menos para mim, continua a ser paródia. Porque de certo modo, e agora posso eu estar a ser arrogante, visto de fora são iguais.

Para acabar porque isto já vai longo.

Eu não estou a atacar um autor, dois ou três. Eu estou apenas a dar uma opinião critica sobre um estilo de musica que está a ganhar cada vez mais adeptos e que parece estar a ganhar uma vertente duvidosa. Quando assim o é, as pessoas que os representam devem ter cuidado, porque apesar de tudo têm alguma responsabilidade devido à possível influência que podem exercer sobre quem os ouve e segue. Eu não venho criticar só porque não gosto, mas por achar que, removendo a subjectividade do assunto, existem de factos algumas vertentes sociais em que é preciso pensar.

Não seria bom que pais pudessem deixar os filhos ir a concertos de Hip-Hop sem pensar que vão ser roubados ou que irão ficar expostos/consumir droga? Ou se calhar nem voto na matéria têm, e isso diz mais do que tudo o que aqui está escrito.

Provavelmente podem atacar-me por estar fazer algum tipo de estereotipo quanto aos artistas de Hip-Hop. Mas a verdade é que só vai doer a quem encaixar a carapuça. Doer, ou pior, vão sentir orgulho por conseguir passar a massagem que são duros, gangsters, yeaa vivo da rua. Pois, para estes últimos deixem que vos diga (porque não seria idiota que chegue se não o fizesse), continuem porque desemprego à muito, e certamente existem melhores pessoas para estes empregos que vós.

O que considero ser bom Hip-Hop? Outro artista que vale a pena ouvir é claro Dillaz. Deixo apenas mais um vídeo e despeço-me.

Até uma próxima vez.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Partido político TBQM (Também Quero Mamar)


Domingo chuvoso, bom para descansar, relaxar, pensar...
Não, esperem, não pensem muito, eu já pensei!

Após profunda introspeção, decidi mudar de atitude, pensar primeiro no próximo, enfim ser altruísta e fazer algo pela sociedade.

Assim, segue um comunicado oficial:
Vou criar um partido político!
Partido político do TBQM

Sinto-me capaz de assumir o mui árduo trabalho de político. Até já estou a ficar cansado só de pensar...
Imaginem o stress:
  • Sentar-me numa daquelas desconfortáveis cadeiras do parlamento 
  • Dedicar-me por completo às complexas tarefas que já me apercebi ali existem. Incluo nesta lista:
  • Vestir fatinho
  • Insultar outros políticos
  • Aceder a redes sociais (como já foi provado ser necessário no parlamento português)
  • Discutir o sexo dos anjos 
  • Se houver tempo e não estivermos cansados, até posso considerar a possibilidade de debater em quantos tostões deve ou pode o ordenado dessa gentinha (mortais plebeus) ser aumentado
Realço desde já a extrema necessidade de dar um aumento aos políticos. Sim porque todos temos contas a pagar e com os salários que em baixo listo, claramente todos passam dias difíceis!
  • Presidente da República - Marcelo Rebelo de Sousa 6523€ (salário) (desconheço se tem “ajudas de custo”)
  • Presidente da Assembleia da República - 5218,4€ (salário) + 2087,36€ (ajudas de custo 
  • Primeiro Ministro - 4892,25€ (salário) + 1956,9€ (mensais ajudas de custo)
  • Vice Primeiros Ministros - 4566,1€ (salário) + 1826,44€ (ajudas de custo)
  • Ministros - 4239,95€ (salário)+1695,98€ (ajudas de custo) 
  • Secretários de Estado - 3913,8€ (salário)+1369,83€ (ajudas de custo) 
  • Deputados - 3261,5€ (salário)+815,38€ (ajudas de custo)
Mais informo que, após um mandato de trabalho, todos os políticos receberão uma reforma vitalícia equivalente ao salário que auferiam no período em funções.
Será criado um grupo de trabalho para estudar a sociedade e determinarem onde podem ser criados tachos para qualquer político, familiares e amigos destes sempre que estes manifestem necessidade de fazer umas horas extra. Pode ser algo que obrigue a uma ou duas reuniões por ano (talvez por skype) e umas assinaturas, mas que nunca ultrapasse as 20 horas anuais porque somos gente poupada e não queremos beneficiar ninguém na nossa sociedade.

E para começar a administração, será promovida a amizade entre políticos, banqueiros, gestores de grandes empresas e todo aquele que possa colaborar de forma a garantir uma sociedade inclusiva.

Por fim, será criada uma comissão de inquérito para verificar se existe algo mais que possa ser cobrada a essa gentinha (denominada de classe trabalhadora) para satisfazer o desejo do excelentíssimo, mui ilustre e sempre esbelto senhor político.

E pronto, com tanto altruísmo estou cansado de tanto pensar!
O presidente do Partido político TBQM (Também Quero Mamar)

Se és Português e tens dinheiro, junta-te a nós e chula o povinho!

domingo, 5 de março de 2017

És importante? hahaha

Ainda não há muito tempo vi-me envolvido numa discussão sobre o nível de importância de uma ou outra profissão. Quais as mais importantes?

Independentemente das mais variadas, e subjectivas, opiniões que as pessoas defendem, a verdade é que esta simples pergunta é um dos melhores exemplos de uma errada ideologia presente na nossa sociedade.

Vamos dar dois exemplos de áreas de trabalho, que são grandes os pilares do mercado de trabalho. Engenharia e Medicina.

Nesta discussão, as pessoas que trabalham em ramos ligados à medicina, defendiam que a medicina é das áreas mais importantes na sociedade, que sem eles a sociedade não era a mesma. As justificações eram óbvias, algo pela linha de: “somos nós que tratamos e salvamos pessoas”.

Bem, suficientemente justo, sim salvam pessoas, mas deixem contradizer (porque pelos vistos eu tenho esta mania). Todos estes argumentos foram quebrados apenas com uma série de perguntas:

“Imaginem que não existiam engenheiros que construissem e fizessem a manutenção das vossas maquinas de diagnósticos ou de análises. Em que nível estaria a medicina?”, resposta: “Dantes não havia e os médicos faziam na mesma”.

“Imaginem que não existiam mecânicos para construir e reparar as viaturas de emergência e/ou aquelas que vos transportam para o local de trabalho?, vinham a cavalo?”. A resposta foi um irónico: “sim”.

Pronto, sigam para o trabalho a cavalo e vão buscar os pacientes a cavalo, tenham é vários que eles podem se cansar. Deus queira que não esteja a chover. E quando chegarem ao hospital, espero que o apalpar e sentir com as mãos chegue para obter os mesmos resultados que as modernas e complexas maquinas de analise e diagnóstico. Quando precisar, mando um pombo correio para o hospital a dizer que preciso de um cavalo ambulância.

Continuando...

Mudando agora para uma perspectiva mais geral, a crescente arrogância das pessoas pela obtenção de títulos, cargos e/ou fortunas, é ridículo. Na sua simplicidade é um dos melhores exemplos da falta de visão geral na natureza do ser Humano.

Uma das teorias ensinadas, por várias gerações, nas escolas é a Teoria de Darwin. Para os mais esquecidos, e muito resumidamente, esta teoria defende que a evolução de uma espécie depende da habilidade de competir, de sobreviver e de se reproduzir. Dando ênfase ao competir, diz-nos que apenas os mais fortes ficam e evoluem, os mais fracos morrem e ficam para trás.

Agora deixem-me que vos apresente uma outra teoria, vinda e derivada dos mundos das filosofias quânticas. Imaginem que a evolução de uma espécies não depende da habilidade de competir, de sobreviver e de se reproduzir, mas sim pela existência da habilidade de apoiar os semelhantes da mesma espécie e, claro, de sobreviver e de se reproduzir.

O que define a capacidade de uma espécie se manter viva não é a capacidade de competição entre seres da mesma espécie, mas sim a de se apoiarem uns aos outros contra as dificuldades em comum! Isto sim, parece uma espécie que irá ficar por uns bons milhares de anos!

Voltando ao tema deste texto, e fechando o “ângulo”, o principal mal do ser humano é pois pensar que é mais ou menos importante numa sociedade(espécie), consoante o seu tipo de trabalho e/ou o estatuto. Isto faz com que existam comparações e em vez de apoio e evolução como espécie, não, cultivamos a inveja, a ganância, a mentira e todos os restantes maus que advêm de uma competição cega e maligna.

Tudo o que de bom existe neste mundo não advém da competição, mas sim da cooperação entre pessoas de diferentes áreas de estudo. A interligação e a partilha do conhecimento é o que nos providenciou as maravilhas das tecnologias de hoje. Basta olharem para qualquer área de trabalho complexa e analisarem as ferramentas que se usa e pensem: “Quantas diferentes áreas de estudo estão contidas nesta ferramenta?”.

A todos vós que assim o são, apenas digo: Gostava de dos ver sem as casas onde vivem, sem os saneamentos que vos escoa a merda (sim, porque são iguais aos outros), as estradas por onde conduzem, hipermercados onde fazem as vossas compras, policia e etc. Imaginem que as pessoas que permitiram e/ou permitem que existam essas comodidades, simplesmente desaparecem. Pois é, vivem depois em casas de palha, cagam atrás de um árvore, comem o que arranjarem, e sem policia o que acontece? pode ser que sejam enrabichados por pessoas de pilas de metro e meio.

Um bom resto de fim de semana.