quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O Trump quer os Açores!

Para os menos atentos, recentemente houve eleições presidenciais e o alegado eleito foi um tal de Donald, não o famoso e muito querido Pato Donald, mas sim um repugnável Trump!

Até agora a atitude ignóbil deste senhor Trump, se não fosse tão dramático, quase que dava para rir pelo quão ridículo se consegue ser.

Mas agora, espere lá senhor Trump, não pense que vem para cá mandar!

Em bom Português, oh menino, põe-te a pau ou ainda te tiram a tosse com um chá de urtigas mal fervidas!

Pois é, sou Português e estou indignado com uma notícia de que este fulaninho Donald Trump, reivindica a Ilha Terceira por usucapião.

Em declarações à CNN, Trump afirma “…todo o investimento realizado durante décadas pelos americanos na base aérea e espaço envolvente e o não cumprimento das regras básicas de manutenção da ilha por parte de Portugal dá aos EUA o direito à posse do território por usucapião.”

Caros amigos americanos, por acaso não o querem mandar numa missão a Marte ou o raio que o leve para bem longe?

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Misofonia

O que é isso de Misofonia?


Será algo relacionado com o ingrediente tradicional da culinária japonesa miso + algo relacionado com som?
Talvez uma sinfonia em homenagem ao dito miso?!

Não!

Segundo a Wikipedia, misofonia é o nome popular da Síndrome de Sensibilidade Seletiva do Som (SSSS ou S4). Trata-se de um distúrbio que causa intolerância a pequenos barulhos. Para pessoas que sofrem dessa intolerância quase patológica, sons normais do dia-a-dia como buzinas, barulhos de carros, músicas, pessoas conversando ou mastigando acabam causando irritabilidade, raiva e pânico.

Ora, claramente sofro desta síndrome. Sim porque me irrita profundamente o ruído que algumas pessoas fazem quando mastigam com a boca aberta. E quando falam com a boca cheia também!

Acredito que muitas das pessoas que produzem estes ruídos nunca aprenderam  melhor forma de comer, mas parece-me por demais lógico que partilhar a vista do que se passa dentro da boca enquanto se mastiga, não é muito agradável!

Até hoje, eu pensava que estas pessoas tinham falta de boas maneiras e talvez mesmo uma educação algo deficiente. Mas não!

Afinal eu é que aparentemente sofro desta síndrome. E pode mesmo dizer-se que sofro. Mas não por ser intolerante a determinados sons. Sofro por não gostar particularmente do ruído que mastigar com a boca aberta produz, e a razão é muito simples. Estes ruídos funcionam como megafones com a mensagem “ESTOU A MASTIGAR COM A BOCA ABERTA, OLHA PARA MIM PARA VERES COMO É NOJENTO”.

Para criar uma analogia simpática para com estes sons, poderia invocar as mensagens que, em tempo de eleições autárquicas, ouvimos algumas carrinhas velhas difundir com um megafone rouco.


Tudo seria mais fácil se todos conseguisse-mos comer como gente civilizada!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Ei Mano.. Ó Mano o c*ralho!

Irritado. Mentalmente bloqueado. E a mandar vir comigo próprio. É assim que fico.
Mas que raio de mania que este povo tem de tratar as pessoas que à pouco conhecem por: "mano".

"Ó mano, apanhei um trânsito para chegar cá..".
"Ó mano, que temporal ontem..".
"Ó mano, ..."
"Ó mano, ..."
"Ó mano, ..."

Ainda por cima estes gajos têm a mania de fazer uma pausa e de depois não dizerem nada de decente, é mais ou menos isto que acontece:

Ele: "Ó mano, ".
Penso: "Ó mano? só me faltava esta".
Ele: "".
Penso: "mas vais falar hoje?".
Ele: "O parque de estacionamento hoje estava cheio.".
Penso: "Boa".

Mas há mais, "Bro", "enois", "noitedapesada", "famíliadarua".

Mas que raio de cultura.

Não querendo criar estereótipos através duma (ou outra) expressão, mas sempre que conheci gentes que utiliza estas expressões, é gente que está (ou esteve) parada no tempo. É gente que tipicamente vem de meios em que a droga é uma constante e as conversas são, orgulhosamente, sobre acontecimentos do submundo da sociedade, em que possam ou não estarem envolvidos.

Para ser justo, digo com toda a certeza, que existe boa gente que não se encaixa neste perfil, apesar de utilizarem a expressão e de serem desse meio, têm outro tipo de educação, só tiveram foi este tipo de companhias, vivem como eles mas não são "verdadeiros", como eles dizem. Mas é isto que os faz detentores de uma bagagem cultural que me irrita profundamente. E são estes que por vezes aparecem em meios mais normais.

Olhem a vossa volta, vejam o meio onde estão envolvidos e aprendam que falar nem sempre é bom, e não faz mal ficar em silêncio. Analisar se estas expressões encaixam no meio ou não é algo que pode decidir o sucesso da inserção naquele meio social ou não.

Verdade ou não. Correcto a 100% ou não, não me interessa. Eu só gostava que não me tratassem por mano, e que quando fossem a falar, falassem diretamente e duma vez. E sinceramente, não me interessa saber dos teus amigos da pesada e hardcore. Atura-os tu, já tive a minha dose.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Fazemos as 40 que nos f*demos!


Expliquem-me como se fosse muito burro.

Por mais que pense, por mais que pesquise, ou por mais que pergunte, ninguém me sabe dar uma explicação plausível.

Há coisas, cá por este Portugal, que ainda se podem explicar por corrupção, cunhas, amigos, tachos, etc... Mas há coisas que não percebo. E aviso já para não virem dar exemplos de outros países, vira o disco toca o mesmo.

E é o seguinte. Mas porque raio é que uns fazem 35 horas de trabalho e outros fazem 40? E qual é raio da diferença que justifique o facto do valor do ordenado mínimo ser aplicado para ambos?

Não me interessa filosofias políticas, nem o que os nossos políticos fazem no parlamento. Desde a primeira vez que os vi em directo que nunca mais me esqueço o meu primeiro pensamento, "Mas que cambada, falam, discutem, não dizem nada, acusam e apontam dedos, chegam ao fim e não passam de macacos a atirarem bananas uns aos outros.", já passaram 10 anos e continuo a pensar o mesmo.


O que me interessa qual a razão para fazer com que Portugueses do sector publico sejam beneficiados pelas 35 horas semanais contra as 40 horas semanais dos privados.

Não quero as justificações que parlamentos e governos utilizaram para conseguirem aplicar essas mesmas alterações. 

Isto é simples.

Se existem benefícios pelas 35 horas semanais, com certeza que existiriam para o privado também? Se for ao contrário, e existirem benefícios nas 40 horas semanais, ora bem não seria boa ideia aplicar a mesma filosofia ao sector publico?

Negócios são negócios, e não vejo nenhuma razão plausível para não serem aplicados os mesmos horários para ambos os sectores. Vantagens e desvantagens têm que ser válidas para AMBOS!

A verdade é que continuamos a trabalhar as 40 que nos f*demos!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Trabalhar 30 Minutos a mais..

Não sei se noutros países é assim, mas em Portugal acontece. Parece existir uma ideologia em geral que é aceite tanto pelos empregadores como pelos empregados. Que estes têm o dever de ficar até mais tarde no trabalho caso exista um aperto em prazos de entrega de um produto ou de funcionamento de um serviço. O erro é que é sem pagamentos de horas extra-ordinárias ou sem acumulação de horas para bancos de horas. Simplesmente têm que ficar.

Passei por isso pela primeira vez à alguns anos atrás, num dos meus primeiros empregos, num Intermarché. Trabalhava como operário de bomba, que abria às 9 da manhã e fechava às 10 da noite. Variando os turnos, alguém abria ou fechava a bomba. 
Segundo o meu contrato de trabalho, eu iria fazer 8 horas de trabalho por dia, pelas quais era devidamente pago, e, ou entrava as 9 da manhã e fazia o turno da manhã, ou saia as 10 da noite e fazia o turno da tarde. Assim fiz. Cumprindo o contrato e o meu horário de trabalho. Rapidamente fui chamado pelos supervisores. Fizeram questão de me avisar que eu não entrava às 9 da manhã, mas sim ter a bomba aberta ao publico e em funcionamento às 9 da manhã. Para isto ser possível significaria que teria de entrar ao serviço, no mínimo, 30 minutos mais cedo. Era preciso contar os litros dentro dos tanques, ligar tudo, limpar, etc.. 
Então perguntei : "Mas isso está fora do meu horário de trabalho, se entrar mais cedo saio mais cedo? Pagam-me esse período extra?, Como funciona?", claro, a resposta foi: "Não, tens que entrar mais cedo, sair às horas normais, e recebes o normal.".
Resumidamente, disse que não, que iria seguir o contrato e continuei a entrar as 9 e deixava os clientes à espera que a bomba estivesse pronta, ou começava a fechar tudo antes das 10, para sair as 10.
Resultado: Despedido no fim do contrato.

Agora noutra área, com classificações e estudos, a ideologia permanece. Felizmente onde me encontro empregado, não tenho razão de queixa, saio mais tarde às vezes, mas se precisar de faltar, sair ou alterar as horas não há problema. Mas não era assim no anterior emprego. Toda a gente da área com quem falo queixa-se da mesma coisa.

Por lei, é ilegal fazer o que estes empregadores fazem, e a única maneira conseguir quebrar o ciclo é se toda a gente fizesse o que eu fiz e dissesse que não! Existem contratos de trabalho para alguma coisa. A parte mais irónica é que se uma pessoa faltar ou sair mais cedo, é visto como mau trabalhador, mas se sair mais tarde e não receber os seus direitos, ninguém diz nada. É como se fosse o nosso dever.

Mais difícil se torna de gerir quando os que querem evoluir na carreira ficam até mais tarde de nunca tentativa de se destacar, ou daqueles que acham que têm o dever de ficar só porque existe trabalho a mais. É aqui que se torna, ao empregador, possível as comparações e justificar coisas que não deveriam ser justificadas.

Vejamos este simples exemplo financeiramente

Se um empregado der 30 minutos a mais por dia, são:
  • Por semana: 2.5 horas a mais.
  • Por mês: 10 horas a mais.
  • Por ano: 120 horas a mais.
Um mês de trabalho, a fazer 8 horas por dia, soma um total de 160 horas mês.
Se receber o ordenado mínimo, de 557 neste momento, dá um total de +/- 3.48€ por hora. 

As 120 horas extras totalizam +/- 417.60€ que deveriam receber.

Aplicamos isto a uma empresa com 30 empregados, como era mais ou menos o número de empregados do Intermarché onde trabalhei, e dá por ano, sem pagar nem a empregados e livre de imposto, um total de  +/- 12.500€. Valor que a empresa não tem que pagar, logo poupa.

Anualmente, um empregado que receba o ordenado mínimo, recebe 12 ordenados e 2 subsídios. Isto dá +/- 7800€ anuais.

Estes 12.500€ chegam para empregar mais uma pessoa, reduzindo o desemprego, e deixando as pessoas fazer o horário que é suposto fazer. Ao mesmo tempo, em vez 30 empregados ao longo de um ano, têm 31. O que dá à empresa um total de 1920 horas a mais de mão de obra durante um ano!

Portanto continuem a dar horas sem grande oposição e depois perguntem-se como é que o dinheiro fica sempre para os mais ricos, e o desemprego continua.

(Obviamente o isto não é a solução para o desemprego. Mas em teoria, ajuda.)

Sonha Sonha, vais longe

Programador e cheio de ideias, durante a universidade o sonho quase parecia palpável. Apenas seria preciso horas de trabalho e seria fácil programar um site que vendesse serviços, produtos, qualquer coisa. Apesar de tudo não era preciso investimento monetário, apenas pessoal. Programar até finalizar o que quer que fosse a ideia, publicitar, dar o NIB, está feito!

A verdade é que existe tanta concorrência no mercado que se torna impossível para que um recém licenciado consiga competir. Desde sites de seguranças privados, que fazem cobranças à pancada, até à mais complexa das previsões financeiras e/ou sistemas de gestão de negócio, existe tudo! Um sonhador apenas tem alguma hipótese tendo uma ideia tão, mas tão genial, que estará condenado ao sucesso ou, será sempre preciso anos e anos de experiência. Aprender a área e suas manhas para conseguir sequer competir com a concorrência.

A ilusão quebra-se a a realidade mostra-se.

Preparem-se meus amigos estudantes e recém licenciados, preparem-se, sem grandes opções, a única restante é entrar para o mercado de trabalho, no qual lidera a prostituição em estágios com baixos ordenados, sem subsídios de férias ou natal, sem férias, e sem direito a fundo de desemprego quando vierem para a rua no fim do estágio. Preparem-se para serem explorados a contratos de 1 a 6 meses até que tempo limite de obrigatoriedade de passagem para os quadros de efetivos chegar, com sorte chega e, despedem-vos e empregam novamente passado um mês.

Mas nem tudo é mau, podem sempre sair de casa dos papás aos 29 anos, apesar de tudo, a média europeia é 26, pouca diferença não é?

Enfim, que País.